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quinta-feira, julho 08, 2010

A Tortura


Depois que os dias frios se foram, deixei de ser aquele fiel escudeiro a quem você dedicou o seu pobre coração. E agora onde está você? Eu pergunto o tempo todo e ninguém responde.
E feito sucata jogado as tralhas fiquei. A minha fé me fez mais forte. Já não sinto a sua presença. O meu coração insistentemente grita e ao mesmo tempo se permite estar calado.
Os versos que agora da-me são as palavras grosseiras que ouço até antes de sair da sua boca.
Diz que sou quem sabe um porco, um ladrão, que nunca fui santo, sei lá, qualquer coisa assim.
Se tu me pedes para guardar a minha poesia, pediu tarde demais, a muito fiz isso. Já não tenho mais pretensão de fazer dos seus dias, dias de puro carnaval. E já não vou mais te pedir perdão, porque você sempre faz de conta que nunca estou. Ainda que o seu amor clama por mim feito oração rebatada aos céus, mas não vou negar, ainda existe amor.
E te permito que fique na sua postura de general, um dia pude comprovar que árvores morrem de pé.
Eu já não quero saber de mais nada, se tudo foi bom ou ruim, se o tempo é a melhor coisa que existe, se ainda me ama ou me jogou pra longe de ti, só quero que o fim dessa noite seja tranquilo. Enquanto isso vai esnobando, dizendo que não sou ninguém,que só de amor ninguém vivi. Que um simples mortal não pode te amar eternamente. vai, vai sim, risadas, isso é o efeito do choque que temos sempre que nos encontramos. Te faz fugir desesperadamente feito papel lançado em ventania como que conquistando a liberdade, parecendo fé que nasce repentinamente em incredulo. Isso tudo só porque não me ama mais,ou melhor, esqueci que nunca houvi amor. E enquanto isso, os dias estão passando e eu vou seguindo por ai.

[Allê Santos]

Um comentário:

  1. Olá, Alexandre ! Ví seu comentário no blog da Flávia e vim expiar. Gosto muito de blogs e blogueiros. Curti o texto também, parabéns pela escolha !
    Um abraço.

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